Fato é que o tempo passa, algumas ideias mudam. Ideias de mundo, de cotidiano. Percepções que antes não me deixavam procurar um novo jeito além dos que eu considerava plausíveis. Hoje, aos 24 anos, não sei mais dizer se o jornalismo é a minha praia. Porque eu percebi que nunca vou me adaptar à formalidade "exigida". O curso está trancado há praticamente um ano, e eu não voltarei, por enquanto, entre outras razõe$, porque não quero.
Hora de ver o que tem para agora. O que acontece lá fora. De apaixonar-me novamente. De sentar na escrivaninha e começar a pensar no que quero, e arquitetar um plano, seja A, B, infalível, ou de fuga. Fugir da obrigação de assistir 10 jogos de futebol por semana e ainda sim ser "trolada" pelos homenzinhos, que na rodinha, comentam sobre o campeonato marciano séries X, Y, Z, para ter o prazer de ver a perua "intrometida" boiar legal! E de correr da vontade de mandar um monte de gente chata tomar no olho de Tandera: gente da faculdade fazendo picuínha, do jornalismo "mais do mesmo" [ao invés de se unirem, lutarem pela categoria, ainda querem comparar Jornalismo ao Direito e discutir obrigatoriedade do diploma - e nada mudou], torcedor xiita que não entende piada. Essa fatia merece. Qualquer deslize é uma pedrada vinda dessa gente! Mas tem fulano deslizando gostoso e sendo contratado por grandes veículos. Pedi para sair. Cansei! Broxei!
A questão é: não passar a borracha no meu passado. Tenho orgulho de ter lutado para escrever sobre o que curtia, estudar o que me fazia feliz. Agora é só virar a página. Pois, o choro ficou lá atrás. Pé na estrada!
Imagem: Reprodução
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